domingo, 7 de novembro de 2010

Mais uma atrocidade do exército marroquino

Soube de um crime cometido pelo exército marroquino há poucos dias atrás. A nossa televisão, cada vez mais tendeciosa, silencia as atrocidades que diariamente acontecem no mundo: no Iraque, no Afganistão, nas prisões de Guantanamo...
E... também, reflectindo sobre o que me levou, hoje, a escrever, no Sahara Ocidental.
O povo sarhaui vive um processo semelhante ao que viveu o povo de Timor que, pela resistência e por algumas forças mundiais, conseguiu a sua independências e o seu direito à autodeterminação.
E... O Povo Sarahaui resiste após a vergonhosa invasão de Marrocos... Quem lhes dá voz? Quem fala destes acontecimentos? Entre outros, há muito recente:
Em El Aium o exército marroquino assassinou mais um jovem, Zuber Elgari Nayem, e feriu sete quando estes atravessavam os territórios ocupados, tendo já passado por uma barreira de identificação.
Hoje as vozes da comunicação nacional e mundial silenciam, mas estes factos não podem ser ignorados...
Há uma revolta em mim...
Temos que conseguir que mais pessoas saibam destas e outras atrocidades para que não se ignorem.
O Povo Sarahaui resiste!
Viva a justa luta do Povo Sarahaui!

domingo, 12 de setembro de 2010

Festa do Avante 2010







Mais uma Festa do Avante!

Que dizer...


Uma Festa de reencontro de amizade; uma Festa de cultura e culturas; uma Festa de Solidariedade e de Paz; uma Festa de determinação perante as tarefas do futuro; uma Festa construída e mantida pela força e militância de milhares de comunistas, homens e mulheres que lutam com confiança por um Portugal mais justo e solidário; uma Festa na qual eu também me orgulho de ter participado, activamente, no "Pavilhão da Mulher"...


Não há festa como esta!...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sobre as férias 2010






Mais um mês de férias.
Este ano fomos até aos Picos da Europa.

Por lá passeámos apesar de termos tido uns dias muito nublados e mesmo com chuva.

As paisagens e as pessoas...
Sim, porque eu gosto do Povo Espanhol... gosto de todos os povos...

Sempre encontrei simpatia... e... pessoas que nos agradam ou não existem em qualquer lugar...


Tenho um grande amigo e amiga em Cantábria e estas férias valeram também pelo reencontro em Torrelavega. Esta cidade, considerada "cidade vermelha" porque sendo muito industrial foi e é uma cidade onde aconteceram e acontecem muitas lutas laborais, é muito agradável.

Antes da ida até Espanha fomos três dias a Santa Maria da Feira onde vivemos a "Viagem Medieval"... Eu fui um pouco "palhaça"...
Tinha feito uma saia "farrapona", comprei adereços ditos medievais e por lá andei...





Diverti-me... Gostei muito!






Por fim as férias continuaram em Ponte de Lima. É sempre bom estar nesta linda vila portuguesa...




















quinta-feira, 8 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo

Na minha infância conheci alguns dos seus poemas do livro "O livro da Tila". Levei os seus livros para as escolas onde trabalhei... e com as crianças leram-se, declamaram-se, mimaram-se alguns poemas...
Hoje sinto que se perdeu mais uma grande Mulher do nosso país.
As pessoas nunca partem porque permanecem!
E agora um poema de Matilde Rosa Araújo. Há tantos!...
Mas este é nostálgico não pela infância perdida, mas pelas boas recordações dessa mesma infância... A tristeza está na impossiblidade de se repetirem determinados acontecimentos... A alegria está em preencher a vida de uma forma útil e isso aconteceu com esta grande Mulher.

Cavalinho, cavalinho

Cavalinho, cavalinho,
Que baloiça e nunca tomba:
Ao montar meu cavalinho
Voo mais que uma pomba!

Cavalinho, cavalinho,
De madeira mal pintada:
Ao montar meu cavalinho
As nuvens são minha estrada!

Cavalinho, cavalinho,
Que meu pai me ofereceu:
Ao montar meu cavalinho
Toco as estrelas do céu!

Cavalinho, cavalinho,
Já chegam meus pés ao chão:
Ao montar meu cavalinho
Que triste meu coração!...

Cavalinho, cavalinho,
Passou tempo sem medida:
Tu continuaste baixinho
E eu tornei-me tão crescida.

Cavalinho, cavalinho,
Porque não cresces comigo?
Que tristeza, cavalinho,
Que saudades, meu Amigo.

domingo, 4 de julho de 2010

A propósito da Paz

Hoje é domingo e são 18h.
Fui à FNAC e comprei prendas, claro que foram livros...
Bem, depois foi a vez dos DVDs... e comprei, para mim, um de que já tinha ouvido falar "Feliz Natal"...
Pensei que ia gostar, mas tanto, não fazia ideia...
É verdade, gostei muito, mas mesmo muito!

Sobre ele, que acabei de ver, registo:

Acabei de ver o DVD "Feliz Natal". O filme baseia-se em momentos verídicos passados nas trincheiras, durante a primeira guerra mundial. Esses momentos referiam que em diversos lugares em que se vivia a guerra nas trincheiras, soldados franceses, alemães e britânicos confraternizaram na véspera do Natal...
O filme é um Hino à Paz, à Compreensão, à Tolerância... Mas dá que pensar...
Ainda tenho as lágrimas nos olhos e alguma perplexidade.
Depois daquele dia de partilha, a guerra continuou e outras vieram e a humanidade não sabe preservar o que de bom pode construir.
Tenho uma ideologia que agarro com todas as minhas forças racionais, emotivas e físicas. Serei sempre leal aos ideais que aprendi a defender desde a minha juventude.
Tenho amigas/colegas noutros quadrantes ideológicos e, sem abandonar os meus ideais, também lhes sou leal.
Sinto-me feliz por viver num país em que se luta, mas sem guerra...
Decididamente, eu sou uma acérrima defensora da Paz em todo o Mundo.
A guerra é engendrada por motivações mesquinhas e aniquila os povos...
Viva A Paz!
Vivam os Povos do Mundo!
Pela Paz no Mundo!

domingo, 20 de junho de 2010

José Saramago

Um dia li "Memorial do Convento" e fiquei fascinada. Um dia li "Levantado do chão" e fiquei emocionada. Um dia li "A jangada de pedra" e fiquei deslumbrada...
Não li toda a obra de José Saramago, mas registo aqui outros livros de que também gostei muito como "O Envangelho segundo Jesus Cristo"; "Ensaio sobre a cegueira" .
Curiosamente não gostei tanto de "Todos os Nomes"; Ensaio sobre a lucidez"; "Caim"...
Gostei muito,mas muito da história para crianças "A maior flor do Mundo", que ela é também um desafio à imaginação e criatividade das crianças que a lerem . Sinto que preciso de reler alguns destes livros, os de que gostei mais e os de que gostei menos, mas vou começar a ler brevemente "As intermitências da morte."
José Saramago foi um Homem controverso em certas posições que tomou, com algumas concordei, com outras não... Mas a vida é feita de encontros e desencontros que em nada tiram o real valor que as pessoas têm. É o caso deste grande escritor, Prémio Nobel da Literatura, cuja notícia, em 1998, me deixou cheia de alegria, logo de manhã com uma enorme novidade para as minhas pequenas crianças do 1.º ciclo do ensino básico.
José Saramago continuará a ser um marco de referência quer na sua dimensão cultural, quer na sua dimensão humana.
Até sempre!

domingo, 13 de junho de 2010

Há cinco anos...

Foi há cinco anos que desapareceu fisicamente Álvaro Cunhal...
Mas a sua presença, através da nossa memória, é uma constante na determinação de muitos portugueses e muitas portuguesas.
Há cinco anos escrevi um pequeno texto que, hoje, quero partilhar. Prende-se com a minha impossibilidade de nessa altura não ter podido participar, em Lisboa, na grandiosa homenagem que lhe foi feita no funeral em 15/6/2005.


Aqui vai:

Sem ter ido a Lisboa, também estive presente.


Foi com surpresa que, no dia 13 de Junho, acordei com a notícia da morte de Álvaro Cunhal... nunca se espera esse momento...
Foi com tristeza que não pude ir a Lisboa, por ter tido compromissos profissionais inadiáveis que tive de cumprir.
Fiz-me representar pelo meu filho, militante da Juventude Comunista Portuguesa, e pela minha mãe, militante do Partido Comunista Português.
O meu pensamento voou e estive presente, embora longe fisicamente, com o coração batendo em uníssono, solidário com a dor daquele mar de gente que esteve em Lisboa, na inesquecível tarde de 15 de Junho.
Olho para trás e vejo uma adolescente contestatária e, mais tarde, no 25 de Abril de 1974, uma jovem de 18 anos, a abraçar a luta com o Partido Comunista Português e a aprender sempre com os exemplos de vida e de coragem, com as adversidades e com as vitórias. Olho em frente e vejo a mulher adulta, já 49 anos, que continua a sonhar que um Portugal mais justo é possível. Possível porque continuamos a luta e também porque o exemplo de coragem e firmeza ideológica de Álvaro Cunhal se mantém vivo na nossa acção, pela sua presença como marco fundamental da História recente no Partido, em Portugal e no Mundo.
Morreu o Homem generoso e afável que eu não conheci pessoalmente, mas que admirei sempre quando o vi voltar do exílio, quando o via nos comícios e nas Festas do Avante. Morreu um Homem com quem aprendi a importância e o orgulho de ser comunista e de se estar presente nas lutas e no apoio aos mais desfavorecidos.
A dor da perda física de uma personalidade tão combativa e corajosa é grande, mas fica a memória, o sonho e a certeza da minha determinação na luta em diversas frentes de batalha, por um Portugal livre, justo e solidário.

Até sempre camarada!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Independência para a Palestina


Mais um momento de luta!

Contra os crimes de Israel ergueram-se, no Porto, muitas vozes pela libertação da Palestina e pela Paz no Mundo. Mais uma vez, Israel desencadeou uma violenta acção terrorista, sim, porque os terroristas são os Israelitas (não o povo, mas estes governantes vendidos ao Imperialismo americano), ao atacarem um barco turco com ajuda humanitária, em águas internacionais, ao Povo Palestiniano na Faixa de Gaza.
Pela Paz no Mundo!

domingo, 30 de maio de 2010

Grande Manifestação da CGTP



Estivemos lá!

Manhã cedo, partimos do Porto rumo a mais uma jornada de luta nacional num país cada vez mais ameaçado, num país cada vez mais vendido aos interesses estrangeiros. Vendido ao capital europeu e ao imperialismo americano...

Quando em 1974, Portugal, renascido, dava os primeiros passos na construção de uma sociedade "sem amos", a contra-revolução conspirava argumentando que iríamos copiar os modelos das primeiras sociedades socialistas... Nós nunca tivemos modelos, mas fomos e somos solidários com vários Povos do Mundo...

Claro que uma campanha nesse sentido só interessava para denegrir as conquistas que se iam forjando com a confiança num Futuro para o qual tantos resistentes( sobretudo os comunistas) lutaram, foram presos e mesmo mortos. Só interessavam para fazer desacreditar a "alma do 25 de Abril", o nosso Vasco Gonçalves que, nos momentos tão difíceis de 1975, disse que o Povo tomasse o seu destino nas suas mãos.

A Igreja manteve e mantém o seu papel histórico de alimentar a subserviência popular direccionando-a para posturas conciliatórias e contra as próprias populações... E minando aqui/ali, aliada sempre ao grande capital estrangeiro, foi adormecendo aqueles (as) que sempre sofreram as medidas mais injustas e de desfavorecimento social...

Mas
de José Carlos Ary dos Santos

"Soneto do trabalho

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e das dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
a fábrica e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante.
A reacção não passará adiante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando um povo acorda é sempre cedo."


E o Povo não dorme sempre!
Ontem estiveram em Lisboa mais de trezentas mil pessoas em luta contra as medidas que cada vez mais mais fazem crescer as assimetrias sociais com o agravamento das condições de vida e os aumentos fabulosos das especulações económicas. Ontem, o Povo fez ver que também é capaz de estar atento e participar na mudança da sociedade.

Claro que a ofensiva começa imediatamente... Mas resistiremos!
Um dia, poderemos "tomar o nosso destino nas nossas mãos"...

sábado, 1 de maio de 2010

Estamos num Estado Laico! (?)...

Já vinha a adivinhar... já tenho ouvido... Mas hoje, confirmei, com uma notícia da televisão, que vai haver tolerância de ponto no dia 13 de Maio para que os portugueses/as portuguesas da função pública possam ir ouvir o Papa... As escolas até vão fechar...
E a crise?... Para isto não conta e quem não for católico e quiser ir para a escola trabalhar? E os pais, que não são da função pública, o que fazem? Faltam ao trabalho? Levam as crianças para os seus empregos?...
E o dinheiro que se tem gasto com este evento? Quando se trata do rendimento social de inserção, "ai, que somos nós, contribuintes, que pagamos..." e quem paga as grandiosas obras para as missas especiais no Porto e em Lisboa? Não são também os contribuintes? Mas quanto a isto quem se pronuncia?... Eu também sou contribuinte e prefiro que o "meu dinheiro" sirva para ajudar quem mais precisa. No entanto, se não houvesse tanto desemprego, não seria necessário atribuir tantos rendimentos sociais de inserção, que só existem porque Portugal é um país injusto onde as assimetrias sociais são cada vez maiores.

Estou indignada!

Um governo (um primeiro ministro) que faz passar os trabalhadores por preguiçosos que "preferem receber o subsídio de desemprego a trabalhar"; que cada vez mais protege os investimentos não lucrativos; que não desenvolve medidas para a abertura de postos de trabalho com direitos; cada vez mais submisso aos interesses estrangeiros; que, a propósito da crise, promove medidas contra os trabalhadores, pedindo-lhes os maiores sacrifícios para resolver a crise...
É este governo, que é laico, ou não é?... Pela Constituição é!
É este governo que apoia incondicionalmente a vinda do Papa, promovendo feriados.
A vinda do Papa diz respeito à Igreja Católica, somente.
Os católicos que se organizem...
O Papa também é um Chefe de Estado? Bem, não me lembro que alguma vez tenha havido feriado quando algum outro Chefe de Estado visitou o nosso País.
Há o mesmo tratamento para as outras confissões religiosas? Não há!
Em qualquer situação, cada organização, política ou religiosa, desenvolve os seus eventos e quem pode participar vai, quem não pode não vai... Isto só não acontece com a Religião Católica.
Não estou contra a religião, até porque as respeito todas, mas esta postura não dignifica o nosso país.
Quando há greves, os trabalhadores "não pensam na crise"... "são irresponsáveis"...
Lembremo-nos que a grande maioria de quem faz greve, é quem mais cumpre. Eu sei do que estou a falar.
Há crise ou não há? Ah! neste caso a crise foi adiada... recomeça no dia 15 de Maio porque o Papa ainda vem ao Porto no dia 14, e como vai haver missa de manhã as escolas também vão fechar.
Senhores governantes não brinquem com o Povo... Não resolvam a crise à custa de quem menos tem... Não se escudem na crise para aplicar medidas cada vez mais gravosas para o Povo, para quem trabalha...
O Povo português não é preguiçoso! As fábricas encerram; as condições de trabalho pioram..
Abram postos de trabalho; trabalho com direitos assegurados; controlem o enriquecimento ilícito... não os perdoem...
Falar mal de quem pouco tem, com o rendimento social de inserção, é muito fácil... são sempre os mais vulneráveis, os mais desprotegidos!...

Mas HOJE É O 1.º DE MAIO e nós vamos participar em mais uma jornada de luta para combater as injustiças. Todos(as) à Praça! Vivam os trabalhadores e as trabalhadoras! Viva Portugal mais justo e solidário.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

25 de Abril Sempre! Fascismo nunca mais!

Que dizer de mais um 25 de Abril comemorado...
Foi o 36º aniversário...
O que vivemos actualmente, não traduz aquilo para que foi feita a Revolução.
A contra-revolução começou, desde logo a maquinar formas de acabar com as conquistas que se iam concretizando... e... Portugal, pelos seus governantes foi-se tornando um país cada vez mais subserviente aos interesses do capital estrangeiro; um país em que aumenta o desemprego e diminui a produtividade; um país em que as conquistas sociais são cada vez mais ameaçadas; um país em que as mulheres continuam a ser as mais atingidas pela precariedade.
Mas o 25 de Abril está vivo e estará!
Por isso, a Praça da Liberdade se encheu, ontem, depois de uma manifestação que começou na Rua do Heroismo, junto ao edifício onde foi a PIDE, promovida pela URAP (União dos Reseistentes Anti-fascistas).
Por isso e para que nunca mais se regresse ao fascismo, nós (O Povo Português) diz presente, Sempre!
Lutar pelos ideais de Abril é lutar pela justiça, pela igualdade, não só em Portugal, mas também no Mundo.
Viva o 25 de Abril!
25 de Abril Sempre! Fascismo Nunca Mais!

Congresso da FENPROF

Foi mais um congresso da FENPROF em que participei. Sinto orgulho de, há 27 anos, ter participado na sua fundação. Este ano, o congresso foi importante pelo apoio merecido e consensual ao secretário geral Mário Nogueira, que novamente foi eleito, por larga maioria, para o cargo.
Quanto aos aspectos logísticos, tudo esteve bem no que respeita o hotel, refeições, apoio aos trabalhos e manutenção das instalações, sempre em boas condições de higiene.
Mas o mais importante foram os trabalhos que decorreram com uma participação em que convergiam determinações unidas para a continuação da luta dos professores e das professoras de todos os sectores de ensino.
As divergências de opinião manifestaram-se abertamente, mas a coesão, para tornar a nossa luta mais forte, permitiu que a determinação de todos(as) congressistas conduzisse a tomadas de posição que traduziram a unidade necessária para resolução dos nossos problemas profiissionais tão ameaçados, ainda.
O nosso congresso teve uma particularidade triste porque seis amigos e camaradas de luta já não se encontram entre nós. Fizemos, no início dos trabalhos UM MUNUTO DE SILÊNCIO. Dois conheci, José da Costa Carvalho e Adriano Teixeira de Sousa, mas a todos eu digo "obrigada amigos, a vossa luta continua com a concretização da nossa determinação por (não esquecendo o ensino particular) um ensino público que seja gratuito e de qualidade, para o qual são necessárias medidas de justiça nas condições de trabalho de todos(as) os(as) docentes"
Não esqueço o colega de Lisboa (tão novinho!...) que me disse, no fim, "este foi o meu primeiro congresso..." Terás muitos mais, amigo!..."
O congresso acabou com as palavras do nosso secretário geral que traduziram os anseios de uma classe prifissional que ele soube e saberá orientar num clima de unidade, num Portugal tão adverso para quem trabalha...
No fim, toda a gente de pé cantou o Hino da FENPROF, cuja letra é de Nuno G. Santos, cuja música é de Samuel e que eu transcrevo:

"Dar um rosto ao futuro

Porque ensinar é dar de nós a vida
Dizer que esta partida
É mais do que jogar

Porque aprender
É ter à frente a vida
É ponto de partida
Para depois navegar

Uma lição é um presente dado
Daquilo que o passado
Nos soube ensinar

É uma canção
De dar o que sabemos
De querer dar o que temos
Soletrando o verbo amar

Queremos dar um rosto ao futuro
E semear a flor que vai nascer
E construir o jeito de saber
Que unidos vamos ter
A força de chegar

Está a tocar
E vamos terminar
Dizendo que a esperança
Se pode ensinar."

sábado, 13 de março de 2010

A propósito do Dia Internacional da Mulher

O espectáculo do dia 7 de Março (domingo) comemorativo do Dia Internacional da Mulher (8 de Março - segunda-feira) foi muito interessante!... Gostei muito!...
Porquê festejar o Dia Internacional da Mulher? Porque se assinala a luta das mulheres trabalhadoras, nos seus direitos à igualdade de oportunidades e nas questões laborais.
Não mais uma mulher deve ser sustentada por um homem; não mais a discriminação por se ser mulher; não mais a subserviência e a humilhação.
A condição feminina é também uma questão cultural que tem evoluido, ao longo dos tempos, com avanços e recuos, no sentido da libertação em que, lado a lado, homens e mulheres construam uma sociedade mais justa.
Festejar o Dia Internacional da Mulher não é um encontro só de mulheres; não é dia para a mulher "descansar"; não é afastar as mulheres dos homens, nesse dia... É com estas ideias e este tipo de atitudes que querem, alguns e algumas, desvirtuar este dia...
Festejar o Dia Internacional da Mulher é lembrar que, ao longo de séculos, houve mulheres que se afirmaram pela diferença, mesmo em relação a outras mulheres; é recordar que trabalhadoras deram a vida em luta por reivindicações como horários mais justos e/ou melhores condições laborais; é recordar, entre outras, Leonor da Fonseca Pimentel, Rosa Luxemburgo, Clara Zetkin, Virgínia Moura, Maria Lamas, Maria Machado; é assumir a solidariedade com as mulheres palestinianas e saharaui, integradas na vasta luta desses povos pela independência.
Festejar o Dia Internacional da Mulher é também enviar um abraço de ternura a todas as anónimas, tão vivas e intervenientes, que quotidianamente, em todo o mundo, erguem melhores dias... para toda a humanidade...