segunda-feira, 26 de abril de 2010

25 de Abril Sempre! Fascismo nunca mais!

Que dizer de mais um 25 de Abril comemorado...
Foi o 36º aniversário...
O que vivemos actualmente, não traduz aquilo para que foi feita a Revolução.
A contra-revolução começou, desde logo a maquinar formas de acabar com as conquistas que se iam concretizando... e... Portugal, pelos seus governantes foi-se tornando um país cada vez mais subserviente aos interesses do capital estrangeiro; um país em que aumenta o desemprego e diminui a produtividade; um país em que as conquistas sociais são cada vez mais ameaçadas; um país em que as mulheres continuam a ser as mais atingidas pela precariedade.
Mas o 25 de Abril está vivo e estará!
Por isso, a Praça da Liberdade se encheu, ontem, depois de uma manifestação que começou na Rua do Heroismo, junto ao edifício onde foi a PIDE, promovida pela URAP (União dos Reseistentes Anti-fascistas).
Por isso e para que nunca mais se regresse ao fascismo, nós (O Povo Português) diz presente, Sempre!
Lutar pelos ideais de Abril é lutar pela justiça, pela igualdade, não só em Portugal, mas também no Mundo.
Viva o 25 de Abril!
25 de Abril Sempre! Fascismo Nunca Mais!

Congresso da FENPROF

Foi mais um congresso da FENPROF em que participei. Sinto orgulho de, há 27 anos, ter participado na sua fundação. Este ano, o congresso foi importante pelo apoio merecido e consensual ao secretário geral Mário Nogueira, que novamente foi eleito, por larga maioria, para o cargo.
Quanto aos aspectos logísticos, tudo esteve bem no que respeita o hotel, refeições, apoio aos trabalhos e manutenção das instalações, sempre em boas condições de higiene.
Mas o mais importante foram os trabalhos que decorreram com uma participação em que convergiam determinações unidas para a continuação da luta dos professores e das professoras de todos os sectores de ensino.
As divergências de opinião manifestaram-se abertamente, mas a coesão, para tornar a nossa luta mais forte, permitiu que a determinação de todos(as) congressistas conduzisse a tomadas de posição que traduziram a unidade necessária para resolução dos nossos problemas profiissionais tão ameaçados, ainda.
O nosso congresso teve uma particularidade triste porque seis amigos e camaradas de luta já não se encontram entre nós. Fizemos, no início dos trabalhos UM MUNUTO DE SILÊNCIO. Dois conheci, José da Costa Carvalho e Adriano Teixeira de Sousa, mas a todos eu digo "obrigada amigos, a vossa luta continua com a concretização da nossa determinação por (não esquecendo o ensino particular) um ensino público que seja gratuito e de qualidade, para o qual são necessárias medidas de justiça nas condições de trabalho de todos(as) os(as) docentes"
Não esqueço o colega de Lisboa (tão novinho!...) que me disse, no fim, "este foi o meu primeiro congresso..." Terás muitos mais, amigo!..."
O congresso acabou com as palavras do nosso secretário geral que traduziram os anseios de uma classe prifissional que ele soube e saberá orientar num clima de unidade, num Portugal tão adverso para quem trabalha...
No fim, toda a gente de pé cantou o Hino da FENPROF, cuja letra é de Nuno G. Santos, cuja música é de Samuel e que eu transcrevo:

"Dar um rosto ao futuro

Porque ensinar é dar de nós a vida
Dizer que esta partida
É mais do que jogar

Porque aprender
É ter à frente a vida
É ponto de partida
Para depois navegar

Uma lição é um presente dado
Daquilo que o passado
Nos soube ensinar

É uma canção
De dar o que sabemos
De querer dar o que temos
Soletrando o verbo amar

Queremos dar um rosto ao futuro
E semear a flor que vai nascer
E construir o jeito de saber
Que unidos vamos ter
A força de chegar

Está a tocar
E vamos terminar
Dizendo que a esperança
Se pode ensinar."