Natal 2009!

De David Mourão Ferreira

Natal, e não Dezembro...

Entramos, dois a dois somos duzentos,
Duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
A cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
Talvez seja Natal e não Dezembro,
Talvez universal a consoada.


É muito difícil pôr imagens e já estou um pouco cansada...
Quero, no entanto falar sobre este tema. Voltando às imagens, provavelmente, não encontro uma que traduza tudo o que me vai na "alma"...
Natal! Gosto do Natal! Porquê? Consumismo?...
Sim é uma época de cosumismo, e eu, talvez, até tenha alguma tendência consumista, embora controlada, mas não é só no Natal. Gosto de fazer compras...
Gosto de dar prendas (também gosto de receber... claro), gosto de ver as iluminações de algumas ruas.
Gosto de confraternizar...pois, não é só no Natal...

Se pensar nas guerras, na fome, nas desgraças, nas injustiças que há em Portugal e no Mundo, fico angustiada, mas não é por se festejar o Natal, em família, que esses problemas se resolvem...
Esses problemas vão-se atenuando com a luta, as lutas que no dia-a-dia se desenvolvem no Mundo e cá no nosso cantinho, tão mal tratado pelos nossos governentes.

Há uma tradição que se pode manter e de maneiras tão diferentes. O Natal, para muitas pessoas, perdeu o cunho religioso, já é uma festa laica com uma miscelânia cultural que se foi organizando ao sabor dos tempos e das modas, também.
Gosto do Natal! O Pai Natal de gesso feito e pintado pelos doentes do Hospital de Conde Ferreira que o meu pai tinha no escritório e que se perdeu. Como eu gostava de olhar e brincar com ele quando o meu pai deixava, sem sair do escritório.
Os Natais da minha infância (até aos meus nove anos)...
As mulheres da família juntavam-se a fazer o bacalhau, a açorda de polvo e a quantidade infindável de doces... Uma tia velhinha brincava com as crianças enquanto as vigiava... O meu pai enfeitava uma grande árvore de Natal... E vinham os presentes... tantos presentes!...
Fui uma criança privilegiada porque, nesse tempo também havia consumismo... talvez não houvesse tanto que comprar, mas as assimetrias sociais eram bem visíveis!...
Os Natais depois dos meus dez anos (depois do divórcio dos meus pais), não deixaram de ser razoáveis, embora sem a grandiosidade dos anteriores... e eu recordo as idas ao "Compra Bem" comprar roupa nova para estrear no Natal... havia menos dinheiro...mas a união da família (eu com a minha mãe a minha irmã e o meu irmão) e... com o meu pai quando íamos os três com ele, ou... mesmo estando longe fisicamente, estava perto...
Houve momentos mais complicados... Esses não quero valorizar.
Depois dos meus pais constituirem novas famílias, o nascimento das minhas irmãs mais novas foram outros momentos em que o Natal nos trazia mais pessoas para partilharmos a nossa união (repartida).
O que, há vinte e oito anos partilho com a família que contruí, com o meu companheiro e o nosso filho, fez-me nunca perder o encanto que pode ter o Natal, se nós lho quisermos atribuir...

Festa do Avante 2009

Festa do Avante!

Onde a fraternidade se sente...

Não conhecemos quem está perto de nós, mas sente-se a cumplicidade de estarmos a partilhar os mesmos ideais... e por isso há a palavra que se diz Amigo/Amiga e Camarada... e já nos conhecemos porque conversamos, nos divertimos, rimos e vibramos com os espectáculos... Porque tem cultura, alegria, juventude, gastronomia

e muita, mas muita determinação.

Foi (é sempre) importante ter trabalhado um turno na Festa. É uma forma de afirmarmos a nossa presença militante e de ajudarmos a construir e manter este Grande Acontecimento que é a Festa dos(das) Comunistas e do Povo Português porque é para toda a gente, embora edificada por comunistas. São três dias de confiança no Futuro que apesar de difícil, é com o PCP que se alcança um Amanhã mais risonho e mais solidário... até à construção de uma sociedade sem classes, sem exploração do Homem pelo Homem...

Vivam as Festas do Avante!

Viva o PCP!

Férias Agosto 2009 Ponte de Lima

Ponte de Lima

Terra de História... Terra de Natureza... Paisagens verdes e frescas do Minho; Monumentos, marcos de outras andanças tão longínquas...

Férias de descanso e paz, em família. Este ano aprendi a costurar!

Que bom!...

Mas tenho feito muito pouco, ainda... Tenho que praticar mais!... muito mais...

Férias Agosto 2009 no Alentejo

Alentejo!

Calma, imensidão, descanso e... afinidades!
Cultura, o monumento ao 25 de Abril em Grândola, que me parece estar num sítio com pouco detaque... Também relacionado com a cultura, o progresso, a afirmação de que férias também é sentir a presença das nossas convicções, Sempre!... um mural em Mora,

a Casa Museu de Manuel Ribeiro de Pavia ...

A Natureza , as falésias da Praia da Galé...

e o Fluviário de Mora

A "nossa casinha"por uma semana na Herdade das Faias...

Reflectindo...

Há muito que devia ter escrito, mas sou preguiçosa para escrever...
Bem, preguiçosa não será o termo correcto porque acho que até trabalho muito. No entanto, disperso-me com vários assuntos e, por vezes, não tenho disponibilidade...
No 2010, que se aproxima vou tentar organizar-me, para ser mais sistemática na utilização do computador...
Agora vou escrever, de uma assentada, sobre as Férias, sobre a Festa do Avante e sobre o Natal/Ano Novo.

Observando quem passa (Palmela, Agosto 2008)

De novo as férias!...

Este ano foi diferente para mim porque não exerci nenhuma actividade profissional...
No princípio foi estranho... Mas foi bom porque tive tempo para me dedicar a outras actividades ao meu ritmo... dedicar-me às pessoas amigas com quem tenho tido um relacionamento mais ou menos regular... dedicar-me de outra forma à família e à casa.
No Francês comecei com boas notas, mas fui piorando o desempenho ao longo do ano, embora tenha tido aproveitamento nos 4 módulos que frequentei. Vou melhorar!Preciso de estudar mais...
Na UPP, vou ter só duas disciplinas.
Vou aprender a costurar e vou dedicar-me a esta actividade...
Vou participar mais em actividades de solidariedade, verdadeira solidariedade (não caridade) com o povo português e outros povos.
Estar aposentada é diferente e agradável... Trabalhei como professora de 1.º Ciclo do Ensino Básico durante quase 34 anos em que tive muitas alegrias e algumas preocupações... Exerci uma profissão com empenho e dedicação... Por isso mereço estar aposentada ainda com disponibilidade para viver novos e diferentes desempenhos!
E de novo as Férias... Vamos para fora cá dentro.
Como o meu filho veio de Lisboa para encontrar emprego no Porto, vamos os três até Grândola e Évora. Vamos respirar o Alentejo e visitar Mora... e, claro, passamos as últimas semanas de Agosto em Ponte de Lima.
Este ano vamos à Festa do Avante!São três dias cansativos porque muito intensos! No Seixal - Amora, na "nossa" Quinta da Atalaia respira-se amizade, reencontram-se amigos(as), aprende-se sempre!...

13 de Março de 2009

Que mar de gente!...
Não podemos voltar ao fascismo e o Povo demonstrou que não quer regressar à
repressão, ao obscurantismo, à prepotência...


Duzentos mil! Nós éramos 200 000... mas podem-se juntar muitos mais que, por variadíssimas razões, não puderam estar fisicamente, mas que estão, sempre, também deste lado da
"barricada "...


É urgente dizer NÃO a esta política agressiva que desrespeita quem trabalha e que aumentando as assimetrias sociais encaminha o país para um agudizar das injustiças... Foi o que aconteceu ontem em Lisboa... Duzentos mil trabalhadores e trabalhadoras de todos os sectores, em uníssono, mostraram de uma forma determinada que "É Preciso Que Isto Mude(...) É Urgente Uma Política Diferente"...




Hino da CGTP




"Operários vangarda do Povo
Camponese que a terra lavrais
Libertai-vos do jugo para sempre
É o Povo quem vós libertais


Unidade, unidade, unidade
Do trabalho contra o capital
Camaradas lutemos unidos
Porque é nossa a vitória final



Norte a Sul vinde trabalhadores
Pescadores não fiqueis para trás
Avançai sem medo na luta
Pelo pão, pelo trabalho, pela paz


Unidade, unidade, unidade
Do trabalho contra o capital
Avançai sem medo na luta
Pelo pão, pelo trabalho, pela paz

(...)


Unidade, unidade, unidade

Do trabalho contra o capital
Avançai sem medo na luta
Pelo pão, pelo trabalho, pela paz"