Foi mais um congresso da FENPROF em que participei. Sinto orgulho de, há 27 anos, ter participado na sua fundação. Este ano, o congresso foi importante pelo apoio merecido e consensual ao secretário geral Mário Nogueira, que novamente foi eleito, por larga maioria, para o cargo.
Quanto aos aspectos logísticos, tudo esteve bem no que respeita o hotel, refeições, apoio aos trabalhos e manutenção das instalações, sempre em boas condições de higiene.
Mas o mais importante foram os trabalhos que decorreram com uma participação em que convergiam determinações unidas para a continuação da luta dos professores e das professoras de todos os sectores de ensino.
As divergências de opinião manifestaram-se abertamente, mas a coesão, para tornar a nossa luta mais forte, permitiu que a determinação de todos(as) congressistas conduzisse a tomadas de posição que traduziram a unidade necessária para resolução dos nossos problemas profiissionais tão ameaçados, ainda.
O nosso congresso teve uma particularidade triste porque seis amigos e camaradas de luta já não se encontram entre nós. Fizemos, no início dos trabalhos UM MUNUTO DE SILÊNCIO. Dois conheci, José da Costa Carvalho e Adriano Teixeira de Sousa, mas a todos eu digo "obrigada amigos, a vossa luta continua com a concretização da nossa determinação por (não esquecendo o ensino particular) um ensino público que seja gratuito e de qualidade, para o qual são necessárias medidas de justiça nas condições de trabalho de todos(as) os(as) docentes"
Não esqueço o colega de Lisboa (tão novinho!...) que me disse, no fim, "este foi o meu primeiro congresso..." Terás muitos mais, amigo!..."
O congresso acabou com as palavras do nosso secretário geral que traduziram os anseios de uma classe prifissional que ele soube e saberá orientar num clima de unidade, num Portugal tão adverso para quem trabalha...
No fim, toda a gente de pé cantou o Hino da FENPROF, cuja letra é de Nuno G. Santos, cuja música é de Samuel e que eu transcrevo:
"Dar um rosto ao futuro
Porque ensinar é dar de nós a vida
Dizer que esta partida
É mais do que jogar
Porque aprender
É ter à frente a vida
É ponto de partida
Para depois navegar
Uma lição é um presente dado
Daquilo que o passado
Nos soube ensinar
É uma canção
De dar o que sabemos
De querer dar o que temos
Soletrando o verbo amar
Queremos dar um rosto ao futuro
E semear a flor que vai nascer
E construir o jeito de saber
Que unidos vamos ter
A força de chegar
Está a tocar
E vamos terminar
Dizendo que a esperança
Se pode ensinar."
2 comentários:
Eu também lá estive...Resta acrescentar que este congresso começou de uma forma maravilhosa...Com o nosso fantástico Hino, cantado e tocado ao vivo pelo seu compositor, Samuel...até ao próximo...
Que coisa linda que escreveste Olga. Gostava muito de lá ter estado mas, pelo que escreveste, fiquei plenamente esclarecida sobre o espírito unitário de luta que nele esteve presente.Só uma palavra de apreço para Mário Nogueira que eu ajudei a eleger no Congresso anterior e que, neste, viu reconhecida a sua capacidade extraordinária de luta pela qualidade de ensino em Portugal.
Um beijo muito grande.
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