Durante a Marcha em que participei ontem, recordei um poema musicado e cantado por Luís Cília, da autoria de Manuel Correia. Quero registá-lo.
"Resposta
A quem nos acusou por sermos fortes
a quem nos combateu porque a razão
se incendeia e revive à nossa beira,
respondo, não nascemos em Abril,
não somos um punhado nem cem mil
somos milhões e milhões na Terra inteira.
A nossa força vem-nos do trabalho
que tudo transforma e modifica,
que sempre nos fez faz irmãos
por isso nos unimos e avançamos.
A nossa luta tem mais de cem anos
escritos com fogo em nossas mãos.
Há quem nos tema, há quem nos ataque,
detentores de antigos privilégios
que hoje temem a nossa vitória.
E é natural que nos combatam
são eles dia a dia que nos matam
contra eles construimos nós a História.
Os símbolos que vão nesta bandeira
assustam quem nunca lhes pegou
quem nunca debulhou na nossa eira
quem antes e depois do mês de Abril
nos teme por não sermos só cem mil
mas milhões e milhões na Terra inteira
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