Trinta e três anos passados... ia fazer nesse ano 18 anos e era uma jovem com sede de mudança... cheia de sonhos de mudar o Mundo e em especial este país tão atormentado. Comecei a trabalhar nesse ano e ingressei nas fileiras do movimento sindical...ingressei no Partido que dá força e acompanha a justa luta dos trabalhadores sem demagogias e sem interesses que não sejam realmente o progresso e justiça para o Povo Português.
Ontem choveu no Porto... e nós estávamos lá a dizer presente. A dizer que a opressão, a perseguição e o obscurantismo não podem nunca mais voltar num país que foi renovado. A chuva não afastou ninguém e a emoção foi forte quando um grupo da JCP surge, de punhos erguidos clamando "25 de Abril Sempre! Fascismo Nunca Mais.", e o meu filho vinha junto.
Ontem choveu no Porto e não arredámos pé pela defesa das conquistas que nos querem roubar.
Ontem choveu no Porto... e nós estávamos lá a dizer presente. A dizer que a opressão, a perseguição e o obscurantismo não podem nunca mais voltar num país que foi renovado. A chuva não afastou ninguém e a emoção foi forte quando um grupo da JCP surge, de punhos erguidos clamando "25 de Abril Sempre! Fascismo Nunca Mais.", e o meu filho vinha junto.
Ontem choveu no Porto e não arredámos pé pela defesa das conquistas que nos querem roubar.
Ontem choveu no Porto e às 24 horas cantámos fraternalmente a "Grândola".
Ontem cantámos José Afonso e Adriano Correia de Oliveira... Ontem choveu no Porto, mas eu estive lá com o meu companheiro, com o meu filho, com a minha mãe dos quais me orgulho de estarmos no mesmo lado da barricada. A minha mãe porque me ajudou a ser democrata. O meu companheiro porque, em conjunto, vivemos estes anos construindo o nosso Amor que, também passa pela solidariedade e pela participação contra as ameaças ao Portugal de Abril. O nosso filho porque está na luta num Portugal outra vez tão difícil.
Mas o tempo é de luta e de perseverança, porque nós temos a verdade e a razão. Muitos falam em mudança, mas, para alguns, é só palavreado balofo. Eu também quero a mudança, nós também queremos a mudança, mas mudar é estar presente, ali, onde é preciso lutar pelo trabalho, pela saúde pública, pela educação pública e gratuita. Não podemos falar em mudar no abstracto. Eu quero, dentro das minhas possibilidades e na minha profissão lutar para que Portugal seja uma sociedade justa em que os direitos de todos e todas sejam reconhecidos e salvaguardados. Por um Portugal de Abril ameaçado, nós estivemos lá... mesmo com chuva. É preciso resistitir e nós resistimos no passado, resistimos no presente e resistiremos sempre!
25 de Abril Sempre!... Fascismo Nunca Mais.
Olmanita
Um comentário:
Parabéns pela excelente descrição do 25 de Abril deste ano no Porto. Também estive lá e a cada ano que passa a minha convicção nas justezas dos ideais de Abril aumenta. Parabéns também pelo blog.
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